Além de outras informações
aqui referenciadas, quando da sua elaboração precisa contemplar:
1.
Plano de ação;
2.
Diretrizes
pedagógicas;
3.
Na elaboração é
importante envolver:
4.
Dados regionais
sobre a aprendizagem;
5.
Contexto das
famílias dos estudantes;
6.
Recursos.
Se os tópicos citados forem
contemplados, as chances de que o Projeto Político Pedagógico fique engavetado
serão menores.
Para reflexão e
possibilidade de inclusão devemos questionar.
“
QUEM DEVE SE ENVOLVER OU SER RESPONSÁVEL pela elaboração e revisão do Projeto
Político Pedagógico?
Considerando tudo que até
aqui foi comentado, e o comentários mais adiante, fica claro que esse documento
é colaborativo. Entretanto, é fundamental que exista uma figura mobilizadora
que conduzirá esse processo; um papel designado ao diretor.
O processo de elaboração
pode ocorrer em diversos formatos. Há instituições que o produzem por meio do
Conselho Escolar — já que ele possui representantes dos diversos segmentos da
comunidade escolar. Há outras instituições que optam por participação
individual ou plenárias. Não existe um formato correto, afinal, cada espaço
educacional possui uma realidade diferente.
Já na finalização do
documento, em sua maioria, as instituições de ensino convocam uma equipe de
especialistas pedagógicos. Embora não seja regra, essa é uma ação recomendável,
pois esses profissionais têm capacidade para atribuir um padrão de qualidade e
viabilidade à redação final das propostas.
Aqui, vale lembrar que a
finalização do documento não significa o fim desse percurso. O Projeto Político
Pedagógico deve ser revisto periodicamente, no máximo, anualmente. Essa revisão
possibilita que os membros das equipes pedagógicas e gestora ajustem as metas e
os prazos de acordo com os resultados alcançados pelos alunos.
Entende o Professor César
Venâncio que “... para um PPP dar certo é necessária a participação da
comunidade e o empenho da Gestão
escolar para aproximar aluno, professor e diretor“
O Diretor deve ter a
diligência em não permitir alguns erros comuns em relação ao PPP, pois alguns
descuidos no processo de elaboração do projeto político-pedagógico podem
prejudicar sua eficácia e devem ser evitados:
Comprar modelos prontos ou
encomendar o PPP a consultores externos. "Se a própria comunidade escolar
não participa da preparação do documento, não cria a idéia de pertencimento",
diz Paulo Padilha, do Instituto Paulo Freire.
Com o passar dos anos, revisitarem
o arquivo somente para enviá-lo à Secretaria de Educação sem analisar com
profundidade as mudanças pelas quais a escola passou e as novas necessidades
dos alunos.
Deixar o PPP guardado em gavetas e
em arquivos de computador. Ele deve ser acessível a todos.
Ignorar os conflitos de idéias que
surgem durante os debates. Eles devem ser considerados, e as decisões, votadas
democraticamente.
Confundir o PPP com relatórios de
projetos institucionais - portfólios devem constar no documento, mas é apenas
uma parte dele.
Compartilhar a elaboração é
essencial para uma gestão democrática. O gestor puramente técnico e não
acadêmico ver na maioria, com ressalvadas exceções, o PPP como uma mera
formalidade a ser cumprida por exigência legal - no caso, pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996. Essa é uma das razões
pelas quais ainda há quem prepare o documento às pressas, sem fazer as
pesquisas essenciais para retratar as reais necessidades da escola, ou
simplesmente copie um modelo pronto.
Professor César Venâncio
propala que “...o PPP é um guia da administração escolar, por que ao
juntar Ao juntar as três dimensões, o
PPP ganha à força de um guia - aquele que indica a direção a seguir não apenas
para gestores e professores mas também funcionários, alunos e famílias”. Nada é
completo e absoluto, porém deve o PPP, ser indicativo o suficiente para não
deixar dúvidas sobre essa rota e flexível o bastante para se adaptar às
necessidades de aprendizagem dos alunos. Por isso, dizem os especialistas, a
sua elaboração precisa contemplar os seguintes tópicos:
1.
Missão.
2.
Clientela.
3.
Dados sobre a aprendizagem.
4.
Relação com as famílias.
5.
Recursos.
6.
Diretrizes pedagógicas.
7.
Plano de ação.
Por ter tantas informações
relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planejamento e avaliação que
o gestor e os demais membros institucionais na escola e “extra-muro” devem
consultar a cada tomada de decisão. Portanto, se o projeto de sua escola está
engavetado, desatualizado ou inacabado, é hora de mobilizar esforços para
resgatá-lo e repensá-lo. "O PPP se torna um documento vivo e eficiente na
medida em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e
ações de curto, médio e longo prazos", diz Paulo Roberto Padilha, diretor
do Instituto Paulo Freire, em São Paulo.
O projeto
político-pedagógico (PPP) define a identidade da escola e indica caminhos para
desenvolver o processo ensino aprendizagem, assim, portanto é o meio para
melhor “ensinar” com qualidade.
Celso dos Santos
Vasconcellos, educador e responsável pelo Libertad - Centro de Pesquisa,
Formação e Assessoria Pedagógica, em São Paulo, diz que “... Envolver a
comunidade na formação do PPP e compartilhar a responsabilidade de definir os
rumos da escola é um desafio e tanto. Mas o esforço compensa: com um PPP bem
estruturado, a escola ganha uma identidade clara, e a equipe, segurança para
tomar decisões. Mesmo que no começo do processo de discussão poucos participem
com opiniões e sugestões, o gestor não deve desanimar, pois a ele compete
fomentar o surgimento das idéias. Os primeiros participantes podem agir como
multiplicadores e, assim, conquistar mais colaboradores para as próximas
revisões do PPP".
Na elaboração do PPP
entendemos que deve-se levar em consideração alguns paralelismo entre a
aprendizagem e o ensino. Fazendo um paralelismo entre os paradigmas da
aprendizagem e o ensino, podemos associar, a cada corrente teórica, técnicas de
ensino mais adequadas ao processo de aprendizagem:
i.
Paradigma behaviorista.
a.
Exercícios de repetição;
b.
Ensino individualizado;
c.
Demonstrações para imitação.
d.
Memorização
ii.
Paradigma cognitivista.
a.
Ensino pela descoberta;
b.
Apresentação dos objetivos;
c.
Questionários orientados para a compreensão;
d.
Esquemas;
e.
Debates;
f.
Discussões;
g.
Estudo de casos.
iii.
Paradigma humanista.
a.
Ensino individualizado;
b.
Discussões;
c.
Debates;
d.
Painéis;
e.
Simulações;
f.
Jogos de Papéis;
g.
Resolução de Problemas,
iv.
Paradigma social.
a.
Imitação;
b.
Debates;
c.
Jogos de papéis;
d.
Discussões;
e.
Debates.
Paradigma, παράδειγμα,
derivado de παραδείκνυμι «mostrar, apresentar, confrontar» - é um conceito das
ciências e da epistemologia (a teoria do conhecimento) que define um exemplo
típico ou modelo de algo. É a representação de um padrão a ser seguido. É um pressuposto
filosófico, matriz, ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o estudo
de um campo científico; uma realização científica com métodos e valores que são
concebidos como modelo; uma referência inicial como base de modelo para estudos
e pesquisas. O conceito originalmente era específico da gramática, em 1900 o
Merriam-Webster definia o seu uso apenas nesse contexto, ou da retórica para se
referir a uma parábola ou uma fábula. Em lingüística, Ferdinand de Saussure
(1857 - 1913), utiliza o termo paradigma para se referir a um tipo específicio
de relação estrutural entre elementos da linguagem. Thomas Kuhn (1922-1996) ,
físico célebre por suas contribuições à história e filosofia da ciência em
especial do processo que leva à evolução do desenvolvimento científico,
designou como paradigmáticas as realizações científicas que geram modelos que,
por períodos mais ou menos longos e de modo mais ou menos explícito, orientam o
desenvolvimento posterior das pesquisas exclusivamente na busca da solução para
os problemas por elas suscitados.
Em seu livro a Estrutura das
Revoluções Científicas apresenta a concepção de que "um paradigma, é
aquilo que os membros de uma comunidade partilham e, inversamente, uma
comunidade científica consiste em pessoas que partilham um paradigma",e
define "o estudo dos paradigmas como o que prepara basicamente o estudante
para ser membro da comunidade científica na qual atuará mais tarde".
Hoisel, 1998, autor de um
ensaio ficcional, que aborda como a ciência haveria de se encontrar em 2008,
chama atenção para o aspecto relativo da definição de paradigma, observando que
enquanto uma constelação de pressupostos e crenças, escalas de valores,
técnicas e conceitos compartilhados pelos membros de uma determinada comunidade
científica num determinado momento histórico, é simultaneamente um conjunto dos
procedimentos consagrados, capazes de condenar e excluir indivíduos de suas
comunidades de pares. Nos mostra como este pode ser compreendido como um
conjunto de "vícios" de pensamento e bloqueios lógico-metafísicos que
obrigam os cientistas de uma determinada época a permanecer confinados ao
âmbito do que definiram como seu universo de estudo e seu respectivo espectro
de conclusões ardentemente admitidas como plausíveis.
Indiscutivelmente as
instituições escolares tem objetivos que
deseja alcançar, metas a cumprir e planejamentos descritos que visa realizar.
Na prática o conjunto dessas aspirações requer planejamento, bem como fixação
de meios para concretizá-las. Isso é possível se dermos vida ao chamado projeto
político-pedagógico - o designado pelas sigla PPP.
Os termos da sigla compõem o
nome do documento, e sobre ele dizem muito:
1.
É projeto porque
reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de
tempo.
2.
É político por
considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes,
responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade,
modificando os rumos que ela vai seguir.
3.
É pedagógico
porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao
processo de ensino e aprendizagem.
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