segunda-feira, 12 de março de 2018

TEXTO PARA ATIVIDADES 495055 AULA


Além de outras informações aqui referenciadas, quando da sua elaboração precisa contemplar:

1.                   Plano de ação;
2.                   Diretrizes pedagógicas;
3.                   Na elaboração é importante envolver:
4.                   Dados regionais sobre a aprendizagem;
5.                   Contexto das famílias dos estudantes;
6.                   Recursos.

Se os tópicos citados forem contemplados, as chances de que o Projeto Político Pedagógico fique engavetado serão menores.

Para reflexão e possibilidade de inclusão devemos questionar.

“ QUEM DEVE SE ENVOLVER OU SER RESPONSÁVEL pela elaboração e revisão do Projeto Político Pedagógico?
Considerando tudo que até aqui foi comentado, e o comentários mais adiante, fica claro que esse documento é colaborativo. Entretanto, é fundamental que exista uma figura mobilizadora que conduzirá esse processo; um papel designado ao diretor.
O processo de elaboração pode ocorrer em diversos formatos. Há instituições que o produzem por meio do Conselho Escolar — já que ele possui representantes dos diversos segmentos da comunidade escolar. Há outras instituições que optam por participação individual ou plenárias. Não existe um formato correto, afinal, cada espaço educacional possui uma realidade diferente.

Já na finalização do documento, em sua maioria, as instituições de ensino convocam uma equipe de especialistas pedagógicos. Embora não seja regra, essa é uma ação recomendável, pois esses profissionais têm capacidade para atribuir um padrão de qualidade e viabilidade à redação final das propostas.
Aqui, vale lembrar que a finalização do documento não significa o fim desse percurso. O Projeto Político Pedagógico deve ser revisto periodicamente, no máximo, anualmente. Essa revisão possibilita que os membros das equipes pedagógicas e gestora ajustem as metas e os prazos de acordo com os resultados alcançados pelos alunos.

Entende o Professor César Venâncio que “... para um PPP dar certo é necessária a participação da comunidade e o empenho da  Gestão escolar para aproximar aluno, professor e diretor“

O Diretor deve ter a diligência em não permitir alguns erros comuns em relação ao PPP, pois alguns descuidos no processo de elaboração do projeto político-pedagógico podem prejudicar sua eficácia e devem ser evitados:

Comprar modelos prontos ou encomendar o PPP a consultores externos. "Se a própria comunidade escolar não participa da preparação do documento, não cria a idéia de pertencimento", diz Paulo Padilha, do Instituto Paulo Freire.
Com o passar dos anos, revisitarem o arquivo somente para enviá-lo à Secretaria de Educação sem analisar com profundidade as mudanças pelas quais a escola passou e as novas necessidades dos alunos.

Deixar o PPP guardado em gavetas e em arquivos de computador. Ele deve ser acessível a todos.

Ignorar os conflitos de idéias que surgem durante os debates. Eles devem ser considerados, e as decisões, votadas democraticamente.

Confundir o PPP com relatórios de projetos institucionais - portfólios devem constar no documento, mas é apenas uma parte dele.

Compartilhar a elaboração é essencial para uma gestão democrática. O gestor puramente técnico e não acadêmico ver na maioria, com ressalvadas exceções, o PPP como uma mera formalidade a ser cumprida por exigência legal - no caso, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996. Essa é uma das razões pelas quais ainda há quem prepare o documento às pressas, sem fazer as pesquisas essenciais para retratar as reais necessidades da escola, ou simplesmente copie um modelo pronto.

Professor César Venâncio propala que “...o PPP é um guia da administração escolar, por que ao juntar  Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha à força de um guia - aquele que indica a direção a seguir não apenas para gestores e professores mas também funcionários, alunos e famílias”. Nada é completo e absoluto, porém deve o PPP, ser indicativo o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota e flexível o bastante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos. Por isso, dizem os especialistas, a sua elaboração precisa contemplar os seguintes tópicos:

1.                   Missão.
2.                   Clientela.
3.                   Dados sobre a aprendizagem.
4.                   Relação com as famílias.
5.                   Recursos.
6.                   Diretrizes pedagógicas.
7.                   Plano de ação.

Por ter tantas informações relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planejamento e avaliação que o gestor e os demais membros institucionais na escola e “extra-muro” devem consultar a cada tomada de decisão. Portanto, se o projeto de sua escola está engavetado, desatualizado ou inacabado, é hora de mobilizar esforços para resgatá-lo e repensá-lo. "O PPP se torna um documento vivo e eficiente na medida em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e ações de curto, médio e longo prazos", diz Paulo Roberto Padilha, diretor do Instituto Paulo Freire, em São Paulo.
O projeto político-pedagógico (PPP) define a identidade da escola e indica caminhos para desenvolver o processo ensino aprendizagem, assim, portanto é o meio para melhor “ensinar” com qualidade.

Celso dos Santos Vasconcellos, educador e responsável pelo Libertad - Centro de Pesquisa, Formação e Assessoria Pedagógica, em São Paulo, diz que “... Envolver a comunidade na formação do PPP e compartilhar a responsabilidade de definir os rumos da escola é um desafio e tanto. Mas o esforço compensa: com um PPP bem estruturado, a escola ganha uma identidade clara, e a equipe, segurança para tomar decisões. Mesmo que no começo do processo de discussão poucos participem com opiniões e sugestões, o gestor não deve desanimar, pois a ele compete fomentar o surgimento das idéias. Os primeiros participantes podem agir como multiplicadores e, assim, conquistar mais colaboradores para as próximas revisões do PPP".

Na elaboração do PPP entendemos que deve-se levar em consideração alguns paralelismo entre a aprendizagem e o ensino. Fazendo um paralelismo entre os paradigmas da aprendizagem e o ensino, podemos associar, a cada corrente teórica, técnicas de ensino mais adequadas ao processo de aprendizagem:

i.                        Paradigma behaviorista.
a.                   Exercícios de repetição;
b.                   Ensino individualizado;
c.                   Demonstrações para imitação.
d.                   Memorização
ii.                        Paradigma cognitivista.
a.                   Ensino pela descoberta;
b.                   Apresentação dos objetivos;
c.                   Questionários orientados para a compreensão;
d.                   Esquemas;
e.                   Debates;
f.                    Discussões;
g.                   Estudo de casos.
iii.                        Paradigma humanista.
a.                   Ensino individualizado;
b.                   Discussões;
c.                   Debates;
d.                   Painéis;
e.                   Simulações;
f.                    Jogos de Papéis;
g.                   Resolução de Problemas,
iv.                        Paradigma social.
a.                   Imitação;
b.                   Debates;
c.                   Jogos de papéis;
d.                   Discussões;
e.                   Debates.
Paradigma, παράδειγμα, derivado de παραδείκνυμι «mostrar, apresentar, confrontar» - é um conceito das ciências e da epistemologia (a teoria do conhecimento) que define um exemplo típico ou modelo de algo. É a representação de um padrão a ser seguido. É um pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o estudo de um campo científico; uma realização científica com métodos e valores que são concebidos como modelo; uma referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisas. O conceito originalmente era específico da gramática, em 1900 o Merriam-Webster definia o seu uso apenas nesse contexto, ou da retórica para se referir a uma parábola ou uma fábula. Em lingüística, Ferdinand de Saussure (1857 - 1913), utiliza o termo paradigma para se referir a um tipo específicio de relação estrutural entre elementos da linguagem. Thomas Kuhn (1922-1996) , físico célebre por suas contribuições à história e filosofia da ciência em especial do processo que leva à evolução do desenvolvimento científico, designou como paradigmáticas as realizações científicas que geram modelos que, por períodos mais ou menos longos e de modo mais ou menos explícito, orientam o desenvolvimento posterior das pesquisas exclusivamente na busca da solução para os problemas por elas suscitados.

Em seu livro a Estrutura das Revoluções Científicas apresenta a concepção de que "um paradigma, é aquilo que os membros de uma comunidade partilham e, inversamente, uma comunidade científica consiste em pessoas que partilham um paradigma",e define "o estudo dos paradigmas como o que prepara basicamente o estudante para ser membro da comunidade científica na qual atuará mais tarde".

Hoisel, 1998, autor de um ensaio ficcional, que aborda como a ciência haveria de se encontrar em 2008, chama atenção para o aspecto relativo da definição de paradigma, observando que enquanto uma constelação de pressupostos e crenças, escalas de valores, técnicas e conceitos compartilhados pelos membros de uma determinada comunidade científica num determinado momento histórico, é simultaneamente um conjunto dos procedimentos consagrados, capazes de condenar e excluir indivíduos de suas comunidades de pares. Nos mostra como este pode ser compreendido como um conjunto de "vícios" de pensamento e bloqueios lógico-metafísicos que obrigam os cientistas de uma determinada época a permanecer confinados ao âmbito do que definiram como seu universo de estudo e seu respectivo espectro de conclusões ardentemente admitidas como plausíveis.

Indiscutivelmente as instituições escolares  tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e planejamentos descritos que visa realizar. Na prática o conjunto dessas aspirações requer planejamento, bem como fixação de meios para concretizá-las. Isso é possível se dermos vida ao chamado projeto político-pedagógico - o designado pelas sigla PPP.
Os termos da sigla compõem o nome do documento, e sobre ele dizem muito:

1.                   É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo.
2.                   É político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.
3.                   É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.

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